*Off:- Está é a continuação da batalha em minha ficha, para entenderla melhor acesse o link [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Nesse mundo, nada é certo além da morte. Os fortes, os fracos, os desgraçados e até mesmo os valentes não conseguem escapar da morte. A vida e os sentimentos dos seres humanos não passam de ilusões, amizade, fraternidade e devoções são as ilusões que sustentam a alma. A felicidade eterna dos homens é um termo utópico, ficcionista que os transforma em escravos da emoção. Na guerra não há espaço para o sentimentalismo, no entanto, as emoções podem ser uma poderosíssima arma contra os inimigos. O imperador do mundo dos mortos não simpatiza com tolices desse tipo, mas oferece a verdade. E, a verdade concludente está na morte. Apenas a morte trás a desejada salvação para os humanos, não há outro destino mais apropriado do que o fim da vida na terra. Nos bastidores da morte existem especialidades das quais nem todos estão a par, são detalhes e mudanças. Primeiro tudo começa com a decomposição dos corpos, um processo complexo. Porém, independente dos fatores bióticos e abióticos tudo sempre acaba retornando para a terra; e, conseqüentemente, faz-se pouco a pouco a maior de todas as tranqüilidades. Enquanto o mundo desmorona. Enquanto o mundo afunda num mar de trevas e sangue uma bela melodia é reproduzida por um órgão. As teclas são pressionadas, as notas são tocadas em ritmo frenético, calmo e depois rápido até atingir o clímax da composição.
--- A minha fé, nas densas trevas, resplandece mais viva. Oh! Senhor livre-nos do mal... Livre-nos do mal... AMÉM!
Mais um espectro aparece de repente em meio a monumental escadaria do santuário, porém, sua aparência não manifesta violência, mas sim o símbolo do celibato sob os trajes de uma freira. Entretanto, apesar das aparências, sua aura malévola não é capaz de esconder sua verdadeira natureza. A tendência para o mal isso nenhum espectro jamais seria capaz de esconder, aliás, nem sequer havia motivos para se envergonhar de sua índole. Afinal de contas, ser um espectro a serviço do imperador do mundo dos mortos significa uma grande honra. Além disso, os espectros desfrutam de vantagens das quais os cavaleiros de Athena são vetados, não pela falta de poder. Trata-se de uma fraqueza chamada altruísmo e devoção pela justiça, por isso, eles não são capazes de cruzar certas linhas. E, depois vêm à questão dos sentimentos, sim, eles são sentimentais e acreditam fervorosamente no alvorecer de uma manhã cheia de paz para todos os habitantes do planeta. Leigo engano.
---O reino de Athena está prestes a cair e não há nada que seus queridinhos possam fazer contra isso. Devo celebrar...
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A melodia fúnebre soa com intensidade atraindo aqueles que têm o desejo de conhecê-la, foi fácil, como magnetismo. O destino mostra sua generosidade trazendo o cavaleiro para a orla do abismo, impossível, uma criança tentando salvar o mundo. A idéia chega ser satírica, mas a história aconselha não subestimá-los.
--- Criança para onde você vai? O que você busca? Não vê que não há para onde ir? Não há propósito em continuar se esforçando, pois mais cedo ou mais tarde você vai acabar afundando garoto.
Capengar até ali deve ter lhe custado muito tendo em vista seu estado deplorável, porém, dizem que os cavaleiros de Athena são extremamente imprevisíveis. Não importa, nada conseguirá salvá-lo daquilo que já está previsto. Logo, não haverá mais nenhuma motivação, tudo irá se diluir, irá se apagar e as cortinas do espetáculo irão se fechar. Os olhos do garoto olharão para todos os lados e só verão pessoas mortas e sangue escorrendo pelos quatro cantos da Terra. Pelo menos seu corpo frio e sem vida servirá de alimento para as larvas, enquanto as flores murcham e o sol nunca mais nascerá.
--- Sou Joshua de Cadáver da estrela celeste da contemplação e matá-lo é meu dever, no entanto, não pense que isto me agrada. Pelo contrário, só de pensar em me sujar com seu sangue causa-me repugnância. Contudo, infelizmente estorvos como você precisam ser afastados do nosso caminho.
Um enxame de moscas varejeiras incomuns inexplicavelmente invade o ambiente, entretanto, estes insetos não agem por conta própria. Não, eles atuam sob o controle de Joshua a seu bel-prazer, são moscas letais, capazes de devastar em segundos tudo aquilo que tocam. Mas, a eficiência do grupo de dípteros não se restringe apenas em atacar, mas sim também se defender de ataques disparados pelos inimigos. Aquele zumbido de inseto realmente era perturbador, importuno, qualquer um se sentiria enjoado só de ver aquilo.
--- Joshua? Mais como vocês dois se fundiram e viraram isso? Não deixarei que me vença!!!Furacão das Trevas!!!
Dar ouvidos às palavras exaustivas do garoto esgotava a paciência de Joshua, por que os jovens são sempre tão indomáveis? Rebeldes, emotivos e inconseqüentes. O Lagarto, conhecedor da terra não passa de uma piada vinculada a aparência de um fedelho estúpido e antipático. Contrariando totalmente a lógica e apostando suas fichas apenas no fator sorte, ele vem conquistando suas vitórias. Porém, nem sempre a sorte é o bastante para se vencer.
--- Ingênuo! Pobrezinho seus ataques são inúteis e previsíveis não vão surtir nenhum efeito.
Automaticamente anulados, o enxame de moscas absorvia e refratava cada impacto causado pelo golpe de Misty.E, conseqüentemente, cada leva atingida pelo ângulo frontal desprendia novas levas laterais que se deslocavam facilmente até o corpo do cavaleiro. Seus efeitos? Simples, impregnariam em sua pele como úlceras comendo sua derme até que sobre só os ossos. Joshua se deliciava com aquela cena desastrosa e sorria, mas em seu sorriso havia um detalhe curioso. Uma mosca, sim, no lugar de uma pinta dando-lhe um charme totalmente fora do comum.
--- Pois é eu chamo isso de superioridade numérica, minhas belezinhas farão de você um animal mais dócil. Mmm! Gosta de jogos arriscados?
O túmulo do Lagarto e sua cerimônia de enterro estavam sendo construídos ali, aliás, talvez Joshua devesse voltar a tocar uma bela melodia. Afinal de contas, um momento quão grandioso como aquele merecia uma comemoração equivalente, especial.
Mais uma vez o cavaleiro de prata utiliza seu furacão das trevas eliminando as moscas.Joshua se surpreendia com o atrevimento daquele fedelho por ter assassinado suas adoráveis criaturas. Um ato condenável, porém, seus esforços seriam completamente inúteis. Ainda que, Misty teimasse em fazer uma exibição ostentosa de suas antigas vitórias, as habilidades do espectro denotavam uma vantagem considerável sobre o cavaleiro de prata.
--- Ahhh! Ainda tentando livrar-se da morte certa? Menino mau, menino mau. Você eliminou algumas das minhas queridinhas, entretanto, isso não vai funcionar por muito tempo. Para cada grupo de moscas que for eliminado, eu farei com que outros reassumam seu lugar. Quer continuar se exaurindo? Vá em frente, continue e morra seco. Ih! ih! ih!
Morrer seco ou ser devorado de forma terrível, qualquer uma das duas opções em pouco tempo se tornariam verdade. No entanto, Joshua precisava se vingar do garoto. Precisava encurralá-lo de todas as formas possíveis, fazê-lo entender, fazê-lo engolir a amarga realidade de sua derrota. Àquelas alturas já estava na hora de lhe ensinar uma lição, já estava na hora de chacotear suas esperanças. E, de fato não havia nada mais recreativo do que lhe mostrar o verdadeiro mundo. Um mundo onde não há salvação, apenas morte. Mas, na morte há libertação.

História ficou muito boa ^^
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--- Lagarto! Devo abrir seus olhos. Esse mundo está prestes a ser abraçado pelas trevas, sim, vocês jamais serão capazes de salvar essa Terra. Não há salvação, ouça, ouça o murmúrio dos mortos que estão deitados debaixo desse chão. Não pode ouvi-los? Então eu vou trazê-los até a superfície para que possa compreendê-los.
A superfície começava a se mexer, chacoalhar e de dentro do solo erguiam-se cadáveres humanos em decomposição. Alguns se mostram mais conservados do que outros, mas todos eles exibem um aspecto medonho. Os mortos estão cheios de fome, irracionais, movidos somente pelo instinto. Havia aproximadamente cinqüenta deles por ali, entre homens, mulheres, velhos e crianças. Enfim, embora estejam numa situação deplorável ainda são pessoas. Sendo assim, será que Misty terá coragem de exterminar essas almas? Ora, sendo destinados a proteger o mundo. Será possível que, os próprios cavaleiros de Athena reconhecem a morte como sendo a salvação? A situação de Lagarto definitivamente não é das melhores, moscas de um lado, cadáveres do outro.
[color=red]--- Cerquem-no e ataquem-no por todos os lados, alimentem-se dele. Vamos lá meus amigos, consegue sentir cavaleiro? Sinta esse aroma pútrido deixe-o invadir suas narinas e preencher seu estômago.lor=red]--- E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um conforme suas obras. AMÉM!!!

--- D-Droga!!! Não tenho outra escolha a não ser me livrar desses vermes!!! FURACÃO DAS TREVAS!!!

E, acontecia como o esperado. O cavaleiro não conseguia resistir à tensão e atacava, atacava com todas as suas forças e sem hesitar. Seu ataque de início era exatamente igual ao de poucos minutos atrás, porém, de repente alguma coisa diferente acontecia. O Ar ia aumentando para formar um veloz e poderosíssimo tornado-se um grande tornado, mas os cadáveres estavam ali justamente para servirem de cobaia frente a ataques como aquele. Sendo assim, Joshua tirava proveito dos curtíssimos espaços de tempo em que os cadáveres eram atingidos pelo golpe do inimigo, para pensar numa maneira eficaz de se esquivar ou contra-atacar facilmente.

--- Que chateação! Tem gente que nunca aprende mesmo, será possível que você... Hã? Mas que diabos.

No entanto, Joshua acabava cometendo um erro desnecessário. Estando até então de costas para Misty e, entretido com seu instrumento. O espectro acreditava que o ataque do inimigo seria o mesmo, ou seja, uma simples ventania que já haviam sido subjugados anteriormente.
--- ARGH!!!
O Tornado cortava o ar em alta velocidade abrindo um tremendo rombo entre a multidão de mortos vivos. Alguns apenas capengavam para os lados saindo da trajetória da ventania de energia, mas outros eram completamente pulverizados ao serem atingidos pela mesma. Era muito, muito rápido e a velocidade era tamanha que, Joshua mal teve tempo de se esquivar e acabara recebendo danos parciais. Seu instrumento, contudo, fora brutalmente destroçado.

--- Umpf! Mesmo tendo me acertado de raspão foi um poderoso golpe. Custou-me o que? Um braço? Sim, um braço. O que você acha? Acha isso justo? Porque eu não acho isso justo. Um braço é muito importante, sendo assim, devo reintegrá-lo.

Seus trajes foram rasgados deixando finalmente sua Surplice escura como ébano a mostra, o ataque de Misty havia atingido um dos ombros de Joshua. Portanto, um de seus braços foi simplesmente arrancado fora, fora? Bom, nem tanto. Logo, aquele membro ainda não tinha se separado do corpo de Joshua, estava ligado por uma espécie de substância gelatinosa. Porém, essa substância paulatinamente ia regenerando o ferimento do espectro até que, seu braço inexplicavelmente fosse implantado de volta no lugar. Mas, o que estava acontecendo afinal? Ora, aquele fenômeno sem dúvida era extremamente fora do comum.

--- Absorva essa realidade antes que ela absorva você, aliás, acho que agora você deve estar entendendo melhor as coisas não é mesmo, querido? Esse é meu poder eu controlo as moscas e os cadáveres e sou imortal. Deixe-me lhe apresentar um mundo novo, um mundo onde tudo se harmoniza entre si. Seu corpo em breve irá morrer e apodrecer, mas continuará nutrindo a terra. Por que você tem medo disso? Vamos! Os que restaram ataquem-no novamente.

Os cadáveres reanimados que restaram continuavam de onde haviam parado. De fato o Lagarto conseguiu se livrar de pelo menos metade deles, no entanto, os que restaram voltavam a atacá-lo rapidamente em grupo. Porém algo atrapalha a batalha, quando o cavaleiro de Athena estava prestes a ser derrotado uma voz poderosa e forte se manifestou com autoridade.
--- Chega!!!
--- M-mestre Thanatos?!?
--- Vá para o submundo agora Nasu!!! Ainda não é chegado a hora de matarmos os servos de Athena...
A voz parou de se manifestar, com um sorriso no rosto o espectro se despede do cavaleiro de Lagarto.
--- Ainda não terminei com você coisinha... Mas espere que quando chegar a hora iremos nos ver...
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"Nunca me esqueço daquela batalha... Após ir até a giuddeca recebi a missão de enfrentar uma deusa, Afrodite a bela deusa da paixão, mas não fui mandado sozinho, fui mandado com Farao de Esfinge... Era uma das batalhas mais sangrentas que enfrentamos"

Correram até encontrar escadarias brancas à sua frente, as percorreram rapidamente e, além delas, um magnífico jardim surgiu diante de seus olhos. Flores de todos os tipos e cores reluziam por todos os lados, pareciam ter brilho próprio, jamais viram flores tão belas e perfeitas. As rosas tomavam uma posição superior, brilhando mais que as outras, como verdadeiras rainhas das flores. O templo que se ergue é impecável, cintilante como se fosse de pérolas rosadas, com cascatas caindo das laterais, de águas cristalinas e abundantes.
O jovem de longos cabelo em corte egipicio está impressionado com tanta beleza, com o maravilhoso perfume que paira no ar. Seus olhos mel brilham junto com o cintilar das flores e da água que cai. Joshua segue para o templo, as moscas o seguem e não detectam perigo algum, o clima ali dentro é fresco e calmo, sem nenhuma agressividade. Olham em volta, só vendo os pilares trabalhados, as janelas que deixam entrar a luz do sol, escadas que levam a um nível superior da construção, bem à sua frente e vasos trabalhados, com belas rosas de todas as cores. Tudo é belo, impecável e reluzente.
Ouvem passos vindos do andar superior, leves, lentos, e logo uma estonteante figura aparece em sua frente no topo da escada, a mais linda que já viram em toda a sua vida. Pele alva e sedosa, cabelos prateados e pouco ondulados, até seus calcanhares, olhos azuis cintilantes. A armadura é prata azulada, com detalhes em azul claro, cristalinos como água, cobre-lhe o pescoço como uma gargantilha, os seios, quadris, braços e pernas abaixo dos joelhos, mantendo um decote ousado e a barriga à mostra, com braceletes e uma fina e delicada tiara na testa. Um fino tecido de seda marfim cai pelas pernas e se arrasta pelo chão. Detalhes como asas de borboletas se desenham nos seios e nos joelhos, assim como as que saem de sua nuca, as asas por trás dos quadris podiam fechar-se diante dela. As longas unhas são pintadas com o mesmo azul claro de seus lábios e pálpebras, é alta, de corpo esbelto e escultural.
--- Vocês devem ser Joshua de Nasu e Farao de Esfinge. – diz com voz calma e sensual.
Os rapazes estão petrificado diante daquela figura, mas sua voz os tira de seu transe, fazendo-os balançar a cabeça e engolir em seco.
--- Já que vocês não perguntam... Eu sou Afrodite, Deusa da beleza e da paixão. Tenho uma proposta para vocês.
Eles estreitam os olhos e cerram os punhos, mas suas armas não reagem entre seus dedos. Sentem um perfume tomar conta do local, era cheiro de rosas, mas esse cheiro os deixa completamente anestesiados, tudo a sua volta parece longínquo, ouve a voz da Deusa como se estivesse dentro de sua mente.
--- Vocês são fortes, Espectros, foram capazes de quase derrotarem Misty meu servo, com uma perícia invejável. Mas agora não tenho rapazes tão belos que me sirva. O que acham, rapazes, vocês tem uma beleza e técnica dignas de elogios de um Deus, eu proponho que sejam meus servos, terão minha proteção e benção.
Esfinge força para manter os olhos abertos, para manter as pernas eretas, mas parece bastante difícil com aquele perfume. Parecia o das rosas do Cavaleiro de Peixes, com quem lutara anos atrás, mas com um poder muito maior. Por mais que tentasse, não conseguia liberar seu cosmo, parecia selado como as almas dos Cavaleiros de ouro. A mulher desceu as escadas, num andar sensual que nenhum humano jamais vira até então, aproxima-se do garoto, tocando seu queixo com a ponta do indicador e aproximando seu rosto do dele.
--- Não consegue falar alto, eu sei... Mas pode falar baixinho para mim.
Esforça-se ao máximo, a voz quase não sai de sua garganta, mas ainda que gaguejando, consegue pronunciar, quase que sem som, as palavras.
--- Eu sou um... Espectro de Hades... Não vou abandonar meus amigos.
--- Vai abandonar quem ama então?
--- Que?!
Seus olhos se enchem de surpresa, sem entender o que a Deusa queria com aquelas palavras. Ela sorri, explicando-lhe o que estaria para acontecer.
--- É simples: essa batalha que estão travando é uma guerra perdida, quando vocês forem mortos, todos os humanos desaparecerão da face da Terra, inclusive seus amigos e quem ama. Mas, se você se tornar meu aliado, se passar para o meu lado, eu não só salvarei você, mas também, como Deusa do amor, quem você tanto ama.
Seus olhos tremiam de preocupação pela sua paixão. Cerra os dentes e os punhos, com expressão angustiada, a Deusa sorri, acreditando que havia dobrado o garoto, já que esse era o ponto fraco de qualquer humano como ele. Mas logo os olhos do rapaz se tomam de um brilho determinado, perigosamente estreitos para ela.
--- Não tente me ludibriar, Afrodite. Quem eu amo nunca mais olharia para mim se eu aceitasse isso, servimos ao imperador Hades e jamais aceitaria ser salvo por alguém como você. Eu não vou me entregar, isso não é só o que Hades e meus amigos esperam de mim, é também o que meu amor espera de mim. Prepara-se!
--- F-Faraó...
Ele lança as cordas, ágeis e cheias de seu mais poderoso cosmo, Afrodite desaparece, se esquivara com uma velocidade incrível e estava já às costas do Espectro, ele é defendido pelo "Enxame de Moscas" rapidamente, impedindo que a rajada de cosmo recém liberada pela divindade o atinja, e rapidamente lança mais um ataque contra ela. Afrodite desvia muito pouco, segura as cordas em sua mão e trás o garoto para próximo dela, de sua mão sai uma névoa avermelhada que atinge diretamente o rosto do rapaz, que tem seus movimentos novamente privados.
--- Quando o vi tão preocupado com aquela pessoa achei que poderia tirar o poder de meu perfume que estava sobre você, acho que me enganei...
--- Não pense que vou desistir da batalha, eu acredito nos meus amigos, eles já venceram vários de vocês e agora é minha vez. Nós não vamos perder, vamos proteger ao Lord Hades. E eu protegerei Quem Amo!
--- Sabe de uma coisa? A determinação de alguns humanos me diverte. Mas você está paralisado... O que vai fazer?
--- Você não está observando direito...
--- O quê?
Joshua puxa rapidamente as moscas de volta e as libera num novo ataque, mais rápido que antes, a Deusa se esquiva novamente, incrédula, por muito pouco o ataque não a atingira.
--- Como... Como conseguiram se desfazer do meu cosmo?!
--- Ultrapassando-o com o nosso...
--- Isso é impossível... Que facilidade é essa?
--- A que você me proporcionou colocando quem amo no meio disso. Sua chantagem me deixou enojado!
Ele lança novamente as cordas, com potência total, Afrodite estreita os olhos enraivecida, e estende a mão em direção ao ataque inimigo. As armas de Esfinge são barradas por um brilho azulado transparente, e voltam com força contra ele, que é atirado ao chão. Rajadas de cosmo da Deusa são lançadas contra Joshua, obrigando-o a se erguer rapidamente e se esquivar num salto. Está ainda no ar, porém, quando feixes azuis metálicos saem das costas da armadura de sua adversária, envolvendo-o e paralisando-o. Ele não tem mais como se mover, os feixes o estrangulam com muita força e, com os olhos cheio de raiva pela resistência do rapaz, Afrodite se dirige a ele.
--- Você não tem como proteger Hades, Nasu.
--- Cala a boca...
--- Está bem, te darei uma última chance, dizendo-lhe quem você é realmente. Joshua, você é o filho que eu tive com um humano.
--- Que?! Do que está falando? Quer dizer que eu sou um semi-Deus?!
--- Isso mesmo... Mas um semi-Deus que nunca despertou seu real poder. A não ser por hoje, quando teve que me enfrentar né? Conseguiu enviar seu cosmo até o seu amigo para salvá-lo do poder da Harpia. Acho que nunca sentiu tanta necessidade antes, por isso nunca descobriu do que era capaz.
--- Mas... Mas... Se eu sou seu filho... Por que estava na Terra como órfão?
--- Ora, vocês humanos são tão tolos com seus sentimentos de amor, fraternidade e solidariedade... Você não é um Deus, então eu não tinha por que trazê-lo para cá. Simples, o deixei na Terra, mas naquele lugar pobre onde vivia o seu pai, ele logo morreu e você sobrou com a tia Ária, sua tia. Sabia, que Ária era sua tia? Você até que teve sorte, se não ia morrer também.
--- A tia...? Como pode falar desse jeito? Que Deusa do Amor é você?!
[color]--- Hahaha, tolinho. Eu sou Deusa do amor carnal, da paixão. Não desse amor tolo que vocês inventaram para se confortarem de sua inferioridade.[/color]
--- Como é? Mas Eros também é seu filho, e ele é o Deus do Amor!
--- Eros é um tolo! Agora chega de conversa, essa é minha última proposta. Vocês não encontrarão Ares aqui no Olimpo, o Deus que sempre foi apaixonado por mim. Por causa desse caso que eu tive, ele voltará à Terra querendo a morte sua morte. Você não poderá se proteger do Deus da Guerra, portanto fique do meu lado e eu prometo proteção para você.
Fárao começa a elevar o seu cosmo, pela primeira vez com uma expressão irônica, olhando fixamente para ela.
--- Como se você se importasse de verdade... Só está querendo um novo escravo não é mesmo? – e com o olhar bravio novamente – Pois pode esquecer. Eu protegerei Joshua custe o que custar, e eu vencerei você nessa batalha!
Aquele olhar era mesmo desafiador, Joshua estava sendo esmagado pelos feixes de sua Kamui, mas ainda assim mantinha aquela expressão combatente que a irritava. Nada disse, seus olhos encheram-se ainda mais de raiva e ela avançou contra Fárao com toda a sua agilidade, suas unhas cresceram, cheias com o seu poder, perfurando a Surplice de Joshua e fazendo-o sangrar.
--- Ghaaaaahhhg!!!
Girou no ar, apontou a palma da mão para ele e disparou seu cosmo. O Espectro voou longe, seu corpo cravou no chão, parecia tudo acabado.
--- J-Joshua, por que fez isso?
Mas repentinamente ele se ergueu, com pouca dificuldade, limpou o sangue no canto dos lábios e a olhou novamente, sabia que aquelas batalhas seriam inevitáveis como todas as outras, então não perdeu seu tempo tentando evitá-la, ainda mais contra um ser que parecia não ter um pingo de bons sentimentos em seu coração. Sorriu ironicamente mais uma vez, fitando-a no fundo de seus olhos.
--- Sempre disseram que as mães eram osso duro de roer, mas acho que eu peguei a pior delas.
--- Ainda se vê em condições de fazer piada, humano?
Ela lança mais e mais rajadas de energia em sua direção cada vez mais rápidas, a expressão séria do garoto retorna, e ele rapidamente desvia de todos os ataques com incrível perícia, apóia-se firme ao chão, lança o "Enxame de Moscas", ela desvia, elevando ainda mais o seu cosmo, os feixes da armadura dela vêm em sua direção, ele salta, deixando-os cravar no chão e estraçalhá-lo. De lá de cima, seu cosmo explode, ele torna o olhar para baixo.
--- “Ressurgir dos Mortos!!!”
Afrodite salta rapidamente, evitando o ataque, e logo está à altura de seu desafiante, desferindo suas unhas cheias de cosmo na direção de seu pescoço. Joshua ergue rapidamente um dos braços.
--- “Enxame de Moscas!!!”
Ela voa longe com a defesa do rapaz, retoma o equilíbrio, saltando rapidamente, sua agilidade é incrível e ela corre de forma aleatória para confundir o Espectro. Joshua também volta ao chão, quando ela se aproxima, ele salta rapidamente para traz, e mais uma vez lança seus mortos, com a tática que mais facilmente conseguiria parar aquela corrida.
--- "Enxame de Moscas!!!"
A Deusa é finalmente atingida, indo de encontro ao chão, ela se ergue, esfolada e sangrando. “Eu devo estar... Horrível...!” – pensa, e seus olhos se tomam de um profundo ódio. Vira-se para o garoto, concentrando seu cosmo num nível absurdo.
--- Eu vou matar você, humano insolente... MORRA!!!
Seu cosmo também se intensifica ao máximo, e cheio de poder fluindo de seu corpo, de uma forma que jamais acontecera antes, com a energia negra pairando pelo ar, ele ergue mais uma vez a barreira do “Enxame de Moscas”. A eletricidade dança ao redor das moscas, enquanto o impacto do poder de Afrodite aos poucos perde a força e se desfaz. Ela não consegue acreditar no que estava acontecendo.
--- Peça desculpas ao lord Hades na sua próxima encarnação, Afrodite...
O cosmo de Joshua tem um poder absurdo, o Roxo de sua energia é cada vez mais intenso e toma conta de todo o local, formando um turbilhão que prende Afrodite, por mais que se esforce e expanda seu cosmo, ela não pode se desfazer daquele poder todo, e logo uma tempestade a atinge com um poder incomensurável ao som da voz do guerreiro.
--- “Ressurgir dos Mortos!!!”
A Deusa literalmente voa, do lado oposto do salão de seu templo, seu corpo crava contra a parede, já sem vida, e cai pesadamente contra o chão. Fárao os fita ainda por alguns segundos, sério e indignado com a falta de sentimentos daquela mulher. Recolhe então sua harpa, saindo do templo e tomando novamente a estrada. Olha para o céu e resolve perguntar ao amigo, esperançoso de logo voltar para a sua Terra, para a sua casa, e com essa esperança corre através dos caminhos indo em direção ao templo de Hades.
--- Lutou bem... Me impressionei com você... Filho de Afrodite.
--- Para de Graça Fárao!!!

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Poucos erros para uma grande história por isso irei desconsiderar
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Guerreiro celestial de Ártemis – Teseu

No cânion recém formado no Santuário um jovem rapaz de cabelos dourados e uma esplêndida Sapuris roxa se segura às rochas com as mãos que saem de seu braço. Olha em volta, vendo ao longe inúmeros lagos perfeitamente circulares, de águas muito claras. Estava tudo muito estranho, mas ele não fazia idéia do que acontecera por ali.
Um cosmo estranho e poderoso se manifesta no alto da cadeia rochosa, fazendo a ponta triangular de seu nariz reagir, e ao olhar na direção em que esta aponta avista um ser alado vindo em sua direção.
--- Um anjo? – pergunta para si mesmo.
Ele avança em alta velocidade, seu cosmo dourado se espalha de forma irregular e seus movimentos são tortuosos. As moscas reagem, mas suas esquivas são extremamente rápidas, e indo na direção do rochedo oposto com ela em seu encalço, desvia da trajetória, fazendo-as cravarem nas pedras. O garoto está suspenso no meio do cânion, com uma extremidade presa em cada lado do despenhadeiro, enquanto o estranho ser pousa suavemente sobre seu enxame.
Os cabelos loiros e cacheados caem ao lado de seu rosto, com algumas mechas quase na altura do peito, o elmo é pequeno, parecendo uma máscara para os olhos colocada sobre a testa, uma fina toga passa por cima do peito da armadura, segura pelo cinturão desta, formando uma saia grega típica. Os olhos são verdes claros, estampados em uma expressão séria e desafiadora.
--- Quem é você? – perguntou o rapaz.
--- Um Anjo. – respondeu rispidamente.
--- Um servo dos deuses? E Atena? O cosmo dela parece que não consegue mais proteger o mundo. O que está acontecendo?
--- A Terra está sendo governada por Ártemis.
E com mais esta resposta seca, pôs-se a andar sobre o enxame do espectro, como se fosse em terra firme. E ainda com o olhar sério, soltou mais uma frase completamente inexpressiva:
--- Eu recebi ordens de matar todos os Espectros de Hades.
Não mais do que um toque no busto do garoto, isso foi o suficiente para, com um brilho dourado, lançá-lo com força para trás. Ele, que vestia uma sapuris Celeste Maior e que passara por tantas experiências, inclusive a de enfrentar um Deus no reino de Afrodite, agora estava cravado de costas contra as rochas, e para se desvencilhar do próximo ataque, evocou rapidamente o poder de suas moscas, sendo alçado para o topo. Quando parou de pé viu o inimigo alçar vôo sobre sua cabeça, avançando para um lugar mais escuro através de um portal entre a imensa rocha, provavelmente uma ruína do antigo Santuário.
--- Onde está Hades? – perguntou firmemente, adentrando o local.
Do outro lado havia luz, era apenas uma passagem para um outro local aberto. Dali de dentro, onde estava, podia ouvir a voz séria do inimigo.
--- Atena e seus Cavaleiros venceram vários Deuses. Eles despertaram a ira dos Deuses, e por isso vão morrer.
Os olhos roxos do Espectro se estreitam, sérios, e ele corre ao encontro de seu inimigo.
--- Vocês vão matar Hades também?
--- Hades está indo em direção à morte. – disse, sem preocupação.
--- O que vocês fizeram com ele?
As moscas começam a ficar tensas, o olhar do rapaz, agora não tão infantis, embora mantivessem a mesma pureza, era de seriedade e desafio. Mas nada disso desfazia a expressão ameaçadora e fria do guerreiro celestial, nem tirava de sua boca as palavras cheias de desprezo para com os acontecimentos.
--- Hades está lutando contra Ártemis. Quando esta luta, a vida de Hades também...
--- Não!
A frase fora cortada, um Espectro como ele jamais permitiria que Hades morresse. Ele salta veloz e decididamente na direção do Anjo, pronto para atacá-lo, mas recebe mais uma rajada de seu poderoso cosmo em seu abdômen, voando novamente para trás, chocando-se fortemente contra o chão. A poeira se levanta, o chão se racha, e o inimigo avança para desferir mais um ataque. O rapaz mantém o olhar sério, tentando reagir, mas é novamente atingido, o impacto de seu corpo derruba a parede atrás de si e seu braço é preso pelas mãos adversárias, que o giram no ar e o lançam contra um enorme pilar que há no centro do novo local onde se encontram.
Está preso no pilar, com a expressão já dolorida, mas algo lhe chama a atenção na estranha estrutura. Ele a fita com mais atenção, são rostos, bustos esculpidos na pedra, e de figuras bastante conhecidas. Ele se ergue, ainda sem conseguir coordenar os pensamentos, dando de cara com um rosto que já foi conhecido como o de Grande Mestre. Seus olhos se arregalam assustados, ele se contorce no desespero de sair dali, deixando-se cair na água clara que se empoçava aos pés do pilar.
Ele se ergue, o cosmo inimigo se concentra no intento de acertá-lo novamente, os olhos do rapaz se tornam ainda mais sérios e ele não se move um milímetro, encarando o adversário com a grande indignação que acabara de nascer em seu coração ao reconhecer os rostos dos Cavaleiros de ouro.
Os olhos do inimigo finalmente se tomam de surpresa ao sentir uma outra energia no local, uma energia quente e agressiva como o fogo, um pássaro em chamas que se ergue pelos ares. Ele é obrigado a mudar a trajetória de seu ataque para não ser atingido pelo ataque poderoso e repentino, e o cosmo dourado se colide com o rubro em chamas de seu novo inimigo. As energias explodem poderosamente, e as águas se erguem com o elevar daquela aura que se parece com um gigantesco pássaro de fogo.
O rapaz se enche de alegria, reconhecendo imediatamente aquele cosmo.
--- Kagaho! Você veio!
O guerreiro desce ao chão, com um dos joelhos apoiado a este. O fogo se espalha grandiosamente à sua volta, e ele ergue o rosto com um sorriso abaixo dos olhos cheios de confiança e desafio, com o fogo ainda a envolvê-lo. O menino avança, com o olhar preocupado e entristecido.
--- Kagaho... Hades... E as almas dos Cavaleiros de ouro...
--- Não fale Joshua. – interrompe o jovem.
Ele se ergue, pondo-se de frente com o inimigo, e sem perder a calma, o guerreiro celestial inicia seu discurso:
--- Hades abandonou ao Submundo. Para compensar, ele está dando sua vida para matar Ártemis em batalha. Por que vocês se dizem Espectros de Hades, e rebelam-se contra os Deuses?
Kagaho olha para trás, fitando o pilar dos Cavaleiros dourados, e não hesita em sua resposta.
--- Mesmo que ele esteja nos rejeitando, nós somos Espectros de Hades. Não é pela prova de ser um Espectro com sua Sapuris, nem pela existência de Hades. A marca de Hades está em cada uma de nossas cicatrizes, que já fazem parte de nós. É compulsivo.

Joshua assiste ao discurso, surpreso e atônito ao ouvir a última sentença de seu irmão, com voz séria, firme e intimidadora.
--- E como Espectro de Hades... Eu vou derrotar você!
E dizendo estas últimas palavras , seu cosmo se intensifica novamente, o fogo sobe desde seus pés, envolvendo-o por inteiro, quase cobrindo-o pelas chamas. Ele avança furiosamente contra o inimigo, mas sua expressão não se modifica, desvia facilmente, numa velocidade nunca vista pelo Espectro. O golpe envolto em chamas atravessa o inimigo, que toca seu busto com a palma da mão, e como fizera em Joshua, o brilho dourado o atira longe facilmente.
--- Kagaho!!! – grita Joshua, lançando suas moscas para tentar ajudá-lo.
Benu é cravado na parede, os movimentos inimigos são tão rápidos que ele ainda consegue se virar e contra-atacar Nasu, lançando suas moscas para o lado oposto de forma a empurrá-lo para trás. O irmão mais velho se ergue novamente, avançando. Mais uma vês as mãos do adversário se viram para ele, que tenta segurá-las para prendê-lo e atacá-lo. É inútil, o raio de cosmo o fere e sua tentativa de ataque é novamente desviada. Sua mão é presa na do Anjo e ele é atirado com força contra o pilar, desabando na água.
O caçula corre até ele, apoiando seu corpo nos barcos, estão mergulhados até a cintura pela água. Na mente do adversário, porém, ele admite a incrível determinação de seus desafiantes, apesar de sua expressão imutável, se surpreende em conhecer como realmente são os Espectros de Hades. Joshua torna o olhar para ele, sério. “O por que dos Deuses terem nos ordenado a matar os Espectros. Tenho a impressão de que entendi. Agora, tenho que derrotar os Espectros. Não posso deixar que esta tremenda força exista no mundo dos Deuses.”
Joshua toma posição à sua frente, com as moscas tensas. O cosmo do inimigo também se eleva, pronto para derrotá-lo. Kagaho tenta se erguer, e parece, como sempre, tentar impedir a ação de seu irmão.
--- Joshua.
--- Eu vou proteger o meu irmão! Não importa o que você diga, Kagaho, eu vou lutar! – era a primeira vez que se mostrava tão desejoso em combater.
--- Não se engane Joshua. Eu também estava pensando em lutar com você, já que sou um Espectro como você.
Seu rosto se ergue com um sorriso fraterno, ele parecia confiar plenamente em Joshua, e estar pronto para deixar de lado sua preocupação de irmão para finalmente unir forças com o rapaz. Joshua retribui-lhe o sorriso, voltando a fitar o inimigo com seriedade, apertando os fios dourados entre os dedos.
O guerreiro celestial não pensa duas vezes, salta num mortal na direção dos Servos de Hades, rapidamente atingindo-os. Joshua é lançado novamente para trás, Kagaho leva uma cotovelada e seu braço é preso, outra vez é atirado próximo ao irmão. Perecem derrotados, sumindo sob a água, e o Anjo se vira, seguindo seu caminho, dando as costas ao pilar.
Gotas de sangue caem sobre a água, gotas que escorrem dos rostos esculpidos no pilar e mancham o local próximo aos Espectros que caíram, fazendo-os abrir os olhos doloridos. Os cosmos conversam entre si.
--- Joshua... Pode sentir?
--- A água está quente, como o calor de Perséfone, como se ela entrasse em nosso coração.
--- Não é só isso, Joshua. Os Cavaleiros de ouro, por alguma razão estão nos apoiando.
--- Sim... E esse calor está me recuperando.
O servo de Ártemis parece sentir que aqueles dois ainda vivem, parando no meio do caminho por um instante. Enquanto isso, Joshua e Kagaho se levantam uma vez mais, e ao perceber isso o inimigo volta novamente o olhar para eles.
--- Em muitas batalhas enfrentamos adversários com cosmos mais poderosos que os nossos. – diz Kagaho para seu inimigo – Então... Você sabe a razão de termos chagado até aqui? É porque estamos preparados para morrer lutando. Mas isso não é uma forma de desistir.
--- Quer dizer que vocês não temem a força dos deuses? – perguntou o adversário, pela primeira vez mudando seu olhar, sorrindo com sarcasmo.
Mas antes que pudesse perceber, assustou-se com o ataque dos fios dourados que vinham por cima de sua cabeça.
--- “CABELOS DOURADOS!!!”
Ele se desvia rapidamente, mas é quase pego por um ataque muito mais poderoso, que destruiu grande parte do local.
--- “ENXAME DE MOSCAS!!!”
Teve de se esquivar com muito mais perícia, alçando-se ao ar e tentando um contra ataque. Mas é nesse momento que o trabalho em equipe o pega desprevenido, Nasu desvia, abrindo caminho para o irmão, que avança com seu cosmo no ápice do poder.
--- “ELEVAÇÃO DAS TREVAS!!!”
O cosmo se transforma numa imensa rajada de fogo que o inimigo não consegue mais defender. Ele é engolido pelo ataque feroz e cheio de poder, e Beno brilha em chamas em pleno ar, queimando-o por completo.
Os irmãos estão caídos no meio da água, sob o pilar das almas dos Cavaleiros de ouro, que de dentro de seu selo conseguiram assistir a tudo.
--- Não foi um erro confiar em vocês. – pronuncia a voz de Shion – Vocês que seguirão os nossos ideais... Nós temos o destino de desaparecermos da Terra. Mas antes disso, nós queríamos mostrar, que nesta era, que nesta Terra... A prova de que nós existimos. Que existiram pessoas honradas que não temeram sequer os Deuses.

Mime de Benetona, estrela Eta:

Joshua caminhou até o alto de um penhasco. Uma música lhe vinha aos ouvidos, um ritmo belíssimo, mas cheio de profunda tristeza. Era um Guerreiro Deus, Mime de Benetona, protegido pela estrela Eta, que tocava calmamente sua harpa. Ele ataca, Joshua tenta usar suas moscas, mas elas simplesmente não funcionam contra o adversário, Mime não parece ter sombra de medo, e fala com Joshua sem ao menos olhá-lo de frente.
--- Suas moscas funcionam muito bem para defendê-lo e agir contra a morte, mas nem todos os seus inimigos temem a morte, eu não temo...
Realmente, há algo de estranho no olhar do guerreiro, suas moscas deveriam sentir a rivalidade do oponente para atacar, mas esta parece não sentir ódio algum. O adversário, porém, ataca novamente, ele é extremamente rápido.
--- Posso ver em seus olhos o quanto você odeia lutas. Porque insiste em lutar se de nada adianta, se sempre virá outra batalha e a paz nunca chegará?
Para Joshua, Mime está certo, Nasu não compreendia mais porque tanto lutar e ferir as pessoas se isso jamais acabaria. Mas o cosmo de seu mestre fala dentro de seu coração, recobrando suas esperanças de um futuro melhor, e o garoto se levanta novamente.
--- Não entendo Mime, você tenta me matar, mas minhas moscas não sentem ódio nenhum em você. Talvez você odeie tanto as lutas quanto eu...
O Guerreiro Deus está surpreso com a afirmação, mas não aceita os argumentos do Espectro. Sabendo que as moscas não funcionariam, Joshua tira a armadura, e toma a posição dos “Cabelos Dourados”, paralisando o oponente e, depois, lançando-o aos ares. Isso, porém, não foi suficiente contra Mime, que usa as cordas de sua harpa para se segurar a um dos pilares fixo ao chão. Retorna, tocando seu réquiem e lançando suas cordas sobre Joshua. Elas o envolvem e o pressionam, cortando sua carne e, na última nota, a corda em seu pescoço cortaria-lhe a garganta e o mataria. Mas o ar e as cordas são cortados pelas linhas do Griffon, numa incrível velocidade. Lançadas por Minos para salvar o aluno, caracterizam mais uma das entradas triunfais do Espectro.
Agora a luta era entre Mime e Minos. Os raios lançados pelo Guerreiro Deus são rápidos como a luz. O Espectro só é capaz de escapar por ter enfrentado golpe semelhante em sua luta contra Saga. Mas Griffon também percebe algo estranho no olhar adversário, algo que ele conhecia bem.
--- Você também luta com os espectros e confia neles, Minos, que bobagem.
--- Eu compreendo. Eu também já me revoltei contra meu destino e odiei as pessoas, mas conheci estes Espectros com quem luto e vi que existe algo. Agora confio no futuro.
---Que idiota! Vai se decepcionar se confiar nas pessoas e no futuro.
Mime usa seus raios, muito mais velozes e poderosos do que antes, e Minos não consegue se livrar desta vez. De acordo com o guerreiro, seu raio se tornava mais poderoso conforme seu cosmo crescia, e era impossível vencê-lo. Griffon sentiu o cosmo intimidador de Mime, mas como Joshua, também não sentia ódio em seu adversário, o qual se surpreende mais uma vez com tal afirmação.
--- Você não sente ódio em mim? Então deve saber quem sou, antes de ir para o inferno... Eu matei o meu pai com meu fantástico e poderoso golpe!
Pelo relato de Mime, Folken, seu pai, era um guerreiro de Asgard que o forçava a treinar contra sua vontade. O menino estava sempre sozinho, e o pai não o amava. Um dia, quando finalmente pôde despertar o cosmo, foi procura-lo, mas o escritório estava vazio. Sobre a mesa, encontrou um medalhão, com a foto de um casal que segurava um bebê. Folken aparece, diz que a criança é Mime, e os dois são seus pais, dos quais tirou a vida durante a guerra entre Asgard e um país vizinho, sem piedade. Acusando-o de covarde e de nunca tê-lo amado por não ser seu filho verdadeiro, de tê-lo apenas usado para tentar aliviar sua consciência, Mime o mata com um único golpe.
--- Então, Minos, ainda não sente ódio em meu cosmo?
--- Mime, você é como eu costumava ser, já disse isso. Eu já odiei todas as pessoas, até mesmo Hades, mas descobri que tudo era porque eu sofria por amar, assim como você agora. Você só não quer admitir isso, porque tem uma venda em seus olhos. Mas isso acabou, vou lhe mostrar a realidade.
O “Asas Infernais” mostrou aquilo que o guerreiro tentava há anos esconder de si mesmo: Folken o amava, era capaz de arriscar sua vida por ele. Não matara seus pais impiedosamente, tentou dizer a Mime, antes deste o atacar, que os tinha deixado viver, mas teve de se defender do homem que o atacou pelas costas. A esposa tentou salvá-lo, e foi atingida também.
Mime não conseguia acreditar, tinha matado seu pai injustamente, e o desespero tomou conta de si. Seu cosmo se modificou repentinamente, agora havia realmente ódio em seu coração, e ele prometia destruir Griffon. A batalha está agora em seu ápice, as cordas da harpa envolvem Minos e cortam sua armadura. Joshua tenta ajudá-lo, mas o juíz quer vencê-lo sozinho, e não deixa o rapaz interferir. Griffon eleva ao máximo seu cosmo, fazendo com que sua armadura se desfaça e o Kyoto se liberta, acertando um golpe no Guerreiro Deus.
Ainda atordoado pelas lembranças de seu pai e pela culpa de tê-lo matado, Mime finalmente quer acreditar no futuro, assim como Minos e seu ajudante. Ele tira sua armadura e resolve enfrentar Griffon com seu golpe.
--- Desta vez quero enfrentá-lo em igualdade e ver esse poder de quem acredita no futuro.
Os dois golpes se encontram no ar, Mime para do outro lado, de pé.
--- Griffon, eu queria poder acreditar no futuro, como seu amigo. Quando voltarmos a nascer, espero conhecê-lo, não como adversário, mas como amigo.
Mime cai e, logo depois, Minos também. Joshua toma a safira de Odin em suas mãos e, como mandara o Kyoto, segue caminho para o palácio de Hades.